sábado, 5 de novembro de 2011

Dados populacionais

  • População: 18.467.692 (2008).
  • Taxa de natalidade: 34,59 nascimentos por mil habitantes (2008).
  • Taxa de mortalidade: 12,41 mortes por mil habitantes (2008).
  • Grupos étnicos: camaronês (31%), bantu equatorial (19%), kirdi (11%), fulani (10%), bantu do noroeste (8%), negro oriental (7%), outros africanos (13%), não africanos (menos de 1%).
  • Principais religiões: crenças indígenas (40%), cristã (40%), muçulmana (20%).
  • Línguas: inglês, francês, 24 grupos de línguas africanas importantes.
  • Alfabetização: 67,9% (2001).
  • IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,532. Posição no ranking: 144º de 177 países.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Eleição de Camarões é marcada por atrasos e confusão

Os eleitores de Camarões enfrentaram atrasos e problemas na organização da eleição desse domingo, onde espera-se que o presidente Paul Biya vença e estenda o seu domínio, de 29 anos, sobre o país da África Central, contra uma oposição fragmentada.
A votação em um turno acontece apenas algumas semanas depois que uma tranquila passagem de poder na Zâmbia mostrou que a África pode sofrer mudanças de poder pacificas, através do voto.
Mas com Biya, de 78 anos, que tem mantido a sua posição entre os líderes africanos no poder há décadas, a principal questão na nação produtora de petróleo é se a eleição terá um desfecho com tranquilidade depois que os rivais alegaram que as eleições foram manipuladas contra eles.
Observadores da eleição disseram que a votação antecipada começou pacificamente, mas citaram atrasos em alguns locais de votação e irregularidades, como por exemplo, alguns eleitores sendo autorizados a furar a fila.
"Estamos um pouco preocupados, parece haver um tratamento especial para eleitores VIP", disse por telefone o líder da missão de observação da Comunidade Britânica, Frederick Mitchell, ex-ministro do Exterior das Bahamas.
O principal rival de Biya, John Fru Ndi, da Frente Social Democrática, disse que um excesso de títulos de eleitor significava que alguns eleitores haviam votado duas vezes em algumas partes do país e disse que o governo seria responsável pela desordem e confusão.
Ao votar em Yaounde, Biya pediu paciência.
"Ela (a Elecam) é uma organização jovem... só estou dizendo que deve haver um pouco de paciência com qualquer eventual erro. Não houve nenhuma intenção de cometer fraude", disse.

Dois policiais são mortos durante eleição nos Camarões

Dois policiais militares foram mortos neste domingo na instável região do Bakassi, sudoeste dos Camarões, enquanto faziam a segurança da eleição presidencial, informou o Ministério do Interior. Eles foram mortos por "homens armados que ainda não foram identificados" no distrito de Bakassi''s Isanguele, disse o ministro Marafa Hamidu Yaya aos jornalistas, enquanto os votos eram contados em todo o país.
"Estes bravos elementos de nossas forças de segurança estavam numa missão para assegurar o processo eleitoral", disse o ministro. "Todas as medidas estão sendo tomadas para encontrar e prender os assassinos."
Cerca de 7 milhões de camaroneses estavam aptos para votar para presidente neste domingo, mas o atual ocupante do cargo, Paul Biya, tinha sua vitória praticamente assegurada e deve ampliar seus 29 anos de governo.
Mas alguns eleitores deixaram os locais de votação sem conseguir registrar seu voto porque não encontraram seus nomes nas listas ou porque não conseguiram o título de eleitor. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Oposição em Camarões diz que eleição presidencial foi fraudada

O principal partido de oposição em Camarões disse na segunda-feira que a eleição presidencial no país africano foi marcada por fraude e que está reunindo provas para uma reclamação formal.
O presidente veterano Paul Biya, considerado favorito para vencer as eleições e obter a reeleição, admitiu que pode ter havido "imperfeições" na organização da votação no domingo, mas negou a existência de fraude.
"Nossos advogados já estão reunindo provas para mostrar que houve fraude em todo lugar", disse Elizabeth Tamajong, secretária-geral da Frente Social-Democrática (SDF), à Reuters por telefone.
Relatos de que alguns eleitores depositaram duas cédulas, enquanto outros não chegaram a votar arriscam minar a credibilidade da eleição no país produtor de petróleo, semanas depois de uma eleição na Zâmbia mostrar que uma mudança pacífica por meio do voto é possível na África.
Biya, 78 anos, já foi presidente por 29 anos e sua candidatura à reeleição foi possível apenas depois de ele modificar os limites do mandato presidencial em 2008 - uma medida que se somou à insatisfação popular por causa dos preços dos alimentos que provocou distúrbios nos quais morreram mais de 100 pessoas.
Além de produzir petróleo, Camarões é o principal ponto de entrada marítima da região e rico manancial de alimentos, abastecendo Chade, República Centro-Africana, República do Congo e Gabão. Apesar disso, seu crescimento econômico está abaixo da média da África e os críticos mencionam fracasso da democracia.
A eleição de domingo terminou de forma pacífica, mas problemas de abastecimento de energia fizeram com que a contagem dos votos em alguns distritos fosse feita à luz de velas, com a ajuda das lanternas dos celulares ou, como ocorreu em um distrito da capital Laundê, com as luzes de uma moto. Os resultados poderão levar até duas semanas para serem divulgados.

Notícias : Paul Biy reeleito Presidente dos Camarões

Paul Biya, no poder há quase 30 anos, foi reeleito presidente dos Camarões para um sexto mandato com 77,989 por cento dos votos, segundo os resultados proclamados hoje pelo Tribunal Supremo de Yaoundé, noticiou a AFP.

Paul Biya, 78 anos, obteve 3.772.527 votos (77,989 por cento), derrotando o adversário mais direto, John Fru Ndi, da Frente Social Democrática (SDF), que se quedou pelos 578.175 votos (10,712 por cento), referem os resultados anunciados pelo primeiro presidente do Tribunal Supremo, Alexis Dipanda Mouelle.
A oposição, que reclama a anulação do escrutínio, tinha anunciado rejeitar antecipadamente os resultados eleitorais.
"O candidato Paul Biya é declarado presidente por ter obtido a maioria dos votos expressos", declarou Dipanda Moelle ao terminar a leitura dos resultados, que começou hoje de manhã e durou mais de oito horas. As eleições decorreram no dia 09 do corrente mês.
Biya era o principal favorito às presidenciais em que participaram outros 22 candidatos. Um total de 7.521.651 eleitores foram chamados a participar na votação, numa só volta e onde a taxa de participação era uma das principais questões.
Com uma taxa oficial de participação de 65,82 por cento, a votação registou a mais baixa afluência dos últimos anos, já que em 1997 obteve 81,35 por cento e em 2004 82,83 por cento.
Na segunda-feira, John Fru Ndi, o principal candidato da oposição, e seis líderes da oposição assinaram uma declaração rejeitando antecipadamente "qualquer resultado" que viesse a ser anunciado pelo Conselho Constitucional.
"Caso o Conselho Constitucional se recuse a anular esta farsa eleitoral e persista em proclamar os resultados, apelamos (...) ao povo que se manifeste em massa a favor do seu direito de participar em eleições livres e transparentes", afirmaram no documento, denunciando "um ambiente eleitoral (...) caótico com inúmeras irregularidades".
Em Douala (sul), a capital económica dos Camarões, as autoridades proibiram as manifestações, segundo a imprensa local.